O que é IPCA? Conheça o índice de inflação e seus impactos
Você sabe o que é o IPCA e como ele impacta a sua vida? Confira neste artigo tudo sobre o indicador!
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é o principal indicador para medir a inflação no país. Além disso, muitos bancos e financeiras fazem uso dele.
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Portanto, quem busca comprar um apartamento precisa conhecer o indicador e entender como ele influencia nas taxas de juros do financiamento imobiliário.
Contudo, apesar da influência desse índice no cotidiano dos brasileiros, é bastante comum ter dúvidas sobre o seu funcionamento ou simplesmente não entender como ele impacta na hora de escolher um investimento.
Pensando nisso, preparamos este artigo que vai te explicar as principais informações sobre o IPCA. Boa leitura!
Afinal, o que é IPCA?
Um conceito importante para entender este indicador é o da inflação, que se trata do aumento geral dos preços dos produtos e serviços. Para medi-la, pode-se utilizar diversos índices.
De modo geral, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) consiste em medir a inflação dos serviços e produtos comercializados no varejo e que se referem ao consumo pessoal das famílias brasileiras.
Em outros termos, este indicador tem como objetivo apontar a variação de preços da cesta de produtos e serviços que a população brasileira consome mensalmente.
Assim, o IPCA revela se houve subida ou queda dos preços dessa cesta de um mês para outro.
Aliás, vale ressaltar que a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) define essa cesta, além de analisar o rendimento familiar em cada produto, como: arroz, feijão, materiais escolares, medicamentos, entre outros.
Portanto, o índice analisa a variação de preço dos itens, mas também considera o peso desse preço no orçamento familiar.
Mas como ele influencia na hora de comprar uma casa ou apartamento? Continue lendo para descobrir!
Um pouco sobre o histórico do índice
Antigamente, a responsabilidade de produzir os índices de preço ao consumidor era do Ministério do Trabalho. Contudo, os estados também criaram diferentes indicadores, devido ao medo da inflação.
Assim, para ter uma uniformidade desse tipo de índice, criou-se o IPCA em 1979. Desde então, o IBGE apresenta os valores do indicador mensal.
No entanto, o Banco Central (BC) passou a utilizá-lo na condução da política econômica nacional apenas em junho de 2000.
Isso ocorreu porque o Conselho Monetário Nacional (CMN) o selecionou neste período para ser o indicador do regime de metas inflacionárias.
Vale lembrar que o Banco Central é a instituição responsável pela execução de políticas que visam o cumprimento das metas da inflação. Contudo, esse trabalho precisa envolver a equipe do CMN.
Então, o CMN estabelece a meta a ser cumprida tendo como base o IPCA e o Banco Central executa a tarefa determinada pelo Conselho.
Além disso, o IPCA se assemelha a indicadores que outros países utilizam para avaliar sua política econômica e os números da inflação.
Como ele é usado?
Há diversos usos para o IPCA no sistema econômico brasileiro. Alguns deles são:
- Ser o índice balizador da política monetária do Banco Central no regime de metas da inflação;
- Indexar os contratos públicos e privados;
- Ser o indicador deflator das séries nominais do PIB;
- Atuar na indexação da política de gastos do Governo;
- Corrigir valor nas séries de rendimentos e despesas monetárias;
- E, por último, servir como indexador do financiamento imobiliário.
Portanto, além de impactar em diversos aspectos econômicos da população, o IPCA também influencia na hora que uma pessoa decide adquirir um imóvel.
Continue lendo, pois logo mais aprofundaremos esse tópico.
Entenda como é feito o cálculo do IPCA
O cálculo do IPCA engloba as famílias brasileiras que possuem renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos, sem considerar a fonte desses rendimentos.
Ao contrário do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se concentra nas famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos, o IPCA é mais amplo e visa cobrir 90% das famílias das áreas urbanas brasileiras.
Como dito anteriormente, o cálculo considera uma cesta de serviços e produtos que a população nesta faixa de renda consome.
O IBGE coleta os dados entre o dia 1 e 30 de cada mês em algumas regiões metropolitanas brasileiras. A seguir, separamos por estado:
- Norte: Belém e Rio Branco;
- Nordeste: Aracaju, Fortaleza, Recife, Salvador e São Luiz;
- Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiânia e Campo Grande;
- Sudeste: Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo;
- Sul: Curitiba e Porto Alegre.
Os dados abrangem os preços de mais de 400 itens distribuídos em algumas categorias, como: alimentação, habitação, despesas pessoais, vestuário, saúde, transportes, educação, e assim por diante.
A coleta dos dados, por sua vez, se concentra em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, como concessionárias de serviços públicos.
Além disso, os pesquisadores verificam os preços diretamente nos domicílios, quando fazem o levantamento dos preços de aluguel e condomínio.
Para o ano de 2022, o IBGE fixou o seguinte calendário de coleta mensal:
O que é IPCA acumulado?
O IPCA acumulado se refere à variação da inflação em um determinado período. Assim, o IBGE costuma utilizar o indicador acumulado em 12 meses.
Em outros termos, o IPCA acumulado totaliza os valores do indicador mensal, considerando os juros compostos e a variação total da inflação no período.
O mercado costuma utilizá-lo como índice de referência para os reajustes salariais dos trabalhadores, tendo em vista sua relação direta com os produtos e serviços do cotidiano das famílias.
Isso significa que o seu poder de compra cai caso o seu salário seja reajustado para um valor inferior ao indicador acumulado.
Também se utiliza o índice como referência em investimentos. Assim, uma aplicação que rende menos que o IPCA acumulado não confere rentabilidade para o investidor, pois se encontra abaixo do valor da inflação.
Como consultar o IPCA?
Você pode consultar o histórico do IPCA e as variações dos preços de acordo com a categoria ou cidade diretamente no site do IBGE.
Até agosto de 2022, o IPCA acumulado se encontrava em 8,6%. A seguir, confira os valores da tabela do indicador para esse período:
Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realiza projeções do IPCA acumulado. Em agosto de 2022, o Copom previu uma meta de 6,8% para este ano.
Os impactos do IPCA no dia a dia das pessoas
Por se tratar de um importante indicador econômico, o IPCA afeta diretamente o dia a dia das pessoas. Mas como isso acontece?
Em primeiro lugar, ele impacta no poder de compra dos consumidores, pois o dinheiro perde valor à medida que a inflação aumenta.
Isso significa que uma pessoa que recebe um reajuste salarial inferior ao índice acumulado vai comprar menos produtos e serviços com o seu dinheiro.
Além disso, afeta diretamente no orçamento familiar, visto que se trata de um indicador que aponta a variação média dos serviços e produtos consumidos pelas famílias.
Com o aumento do IPCA, há mudanças nos hábitos de consumo, especialmente na vida das pessoas que possuem uma educação financeira regrada.
Outro aspecto é que existe um menor acesso ao crédito quando há aumento desse indicador, pois o Banco Central costuma subir a taxa Selic para desacelerar a economia e frear o consumo das pessoas.
Qual a influência do IPCA no financiamento imobiliário?
O IPCA é a taxa de referência no cálculo dos juros dos financiamentos imobiliários. Ele também é utilizado dessa mesma forma no rendimento de investimentos.
Antes de 2019, o cálculo dos juros consistia na Taxa Referencial (TR) com o acréscimo de uma taxa prefixada. Após isso, o mercado passou a utilizar o indicador da inflação.
Apesar da mudança, o IPCA não substituiu completamente a Taxa Referencial e funciona de forma similar, pois os bancos utilizam esse índice acrescido de uma taxa prefixada de juros.
Diferença entre IPCA e IGP-M e sua relação com o mercado imobiliário
Quando se pensa no mercado imobiliário, muitas pessoas confundem o IPCA e o IGP-M. Ambos são indicadores importantes, mas têm diferenças fundamentais entre si.
O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) se refere ao registro de inflação dos preços, de matérias-primas industriais, agrícolas, de bens e dos serviços.
Além disso, sua medição se diferencia significativamente do IPCA, pois envolve outros indicadores para o seu cálculo, além de ser criado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Outro aspecto importante é que o IGP-M é o indicador padrão para o reajuste de aluguéis no país, visto que mede os valores de matérias-primas e materiais de construção, por exemplo.
Contudo, algumas imobiliárias passaram a utilizar o IPCA em seus contratos a fim de tentar frear o aumento do IGP-M.
IPCA e IGP-M: qual a melhor opção para o contrato imobiliário?
Diante disso, pode surgir a dúvida de qual desses indicadores é a melhor opção para o contrato imobiliário.
Antes de qualquer coisa, você precisa saber que a legislação não especifica qual indicador deve estar presente no contrato. Então, isso se trata de um acordo entre o locador e o locatário.
Como o IGP-M sofre influência da moeda americana e do valor de produtos exportados, aumentando significativamente o seu valor, o mercado passou a ver o IPCA como um indicador válido.
Todavia, o melhor caminho consiste em tentar opções de financiamento da casa própria. Afinal, não há nada melhor do que investir na sua felicidade e da sua família.
Vale salientar também que existem diversos métodos de financiamento imobiliário com diferentes taxas e formas de pagamento de acordo com a renda familiar.
Portanto, quer saber se vale a pena o financiamento imobiliário que utiliza o IPCA como taxa de referência? Continue lendo para descobrir!
Vale a pena um financiamento imobiliário pelo IPCA?
O financiamento imobiliário que utiliza o IPCA como taxa para o cálculo dos juros apresenta algumas vantagens e desvantagens.
A principal vantagem se apresenta como uma alternativa barata e atrativa para quem busca alcançar o sonho do apartamento próprio.
Além disso, essa modalidade de financiamento costuma ser uma possibilidade melhor para pessoas com menor renda.
Todavia, o risco é significativamente maior, pois se trata de uma taxa que acompanha a movimentação da economia do país.
Ou seja, essa modalidade não apresenta uma segurança e não prevê como isso afeta as parcelas nos anos posteriores, tendo em vista que segue um índice inflacionário.
Contudo, mesmo com o aumento da taxa Selic nos últimos anos, adquirir um imóvel ainda se apresenta como a melhor solução para quem deseja fazer um investimento sólido.
Como dito acima, existem outras modalidades com taxas fixas que garantem segurança em longo prazo. Para isso, é importante pesquisar em profundidade e encontrar uma construtora de confiança.
Após descobrir o que é IPCA, acompanhe mais dicas conosco!
Neste artigo, você descobriu o que é o IPCA e como ele influencia no cálculo de juros dos financiamentos imobiliários.
Outro aspecto relevante na hora de comprar um imóvel é a escolha da construtora, visto que ela deve ser confiável e ter ampla experiência no mercado. Assim, você precisa conhecer a Riva Incorporadora.
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