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Descubra o que são cidades inteligentes e quais suas vantagens

quinta-feira, 7 de abril de 2022
Equipe Riva
8 minutos de leitura
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De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% da população mundial viverá em grandes centros urbanos até 2050. Ao mesmo tempo, a preocupação crescente com sustentabilidade exige esforços para acomodar toda essa gente nas cidades, equilibrando desenvolvimento econômico, qualidade de vida e preservação do meio ambiente.

No meio disso está a corrida tecnológica e o surgimento de soluções inovadoras que ajudam na eficiência energética, na maior acessibilidade, na gestão de resíduos, na mobilidade urbana, e por aí vai. Então, se você quer saber o que são cidades inteligentes, podemos dizer que elas são uma resposta a todos esses desafios. 

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Neste texto, explicamos melhor o conceito e quais são as vantagens dessa nova forma de se pensar o urbanismo. Vamos lá?

O que são cidades inteligentes?

As cidades inteligentes, também chamadas frequentemente de smart cities, são ecossistemas urbanos sustentáveis e eficientes. Ao pé da letra, o conceito de “inteligência”, comum em inovações tecnológicas, como os nossos smartphones, diz respeito a um sistema que consegue usar a sua infraestrutura material e imaterial da melhor forma possível.

E atenção: uma cidade inteligente vai muito além de um grande aparato tecnológico! Trata-se de um conceito que abrange todas as dimensões da sustentabilidade:

  • a social — isto é, um ambiente que proporcione o desenvolvimento das pessoas em sua individualidade e também na coletividade;
  • a econômica — que se relaciona ao uso rentável de recursos financeiros;
  • a ambiental — de modo que os impactos do desenvolvimento econômico e humano no meio ambiente sejam reduzidos ou até eliminados.

O papel da tecnologia nisso é que soluções como Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), inteligência artificial e redes de comunicação modernas favorecem justamente as estratégias direcionadas à eficiência e à sustentabilidade social, econômica e ambiental.

Quais as principais características das cidades inteligentes?

Segundo o relatório Cities in Motion (Cidades em Movimento), elaborado pelo IESE Business School da Universidade de Navarra, um projeto de cidade inteligente deve abranger os 9 indicadores abaixo:

  • capital humano — pensar em modos de desenvolver as pessoas, tanto na esfera pessoal como profissional, acadêmica e cultural;
  • coesão social — gerar um sentimento de “pertencimento” da população, por meio de estratégias para interação de grupos e convivência saudável, inclusiva e colaborativa;
  • economia — ter iniciativas inovadoras, criativas e produtivas para impulsionar a economia local;
  • governança — manter a qualidade da administração pública, por meio de medidas para contenção de corrupção, comprometimento das autoridades com a melhoria de serviços públicos etc.;
  • meio ambiente — promover a redução de impactos ambientais e a boa gestão de recursos naturais da região;
  • mobilidade e transporte — garantir uma boa infraestrutura de rotas e sistemas de transporte diversificados, como metrôs, ciclovias e vias com redução de tráfego;
  • planejamento urbano — favorecer a “autossuficiência” de bairros e as vantagens de morar em apartamentos com instalações modernas e sustentáveis;
  • reconhecimento internacional — ter planos estratégicos para o turismo, uma boa oferta de restaurantes e hotéis, além de engajamento em conferências internacionais;
  • tecnologia — por fim, trazer as soluções tecnológicas mais modernas para uma forte presença digital, alta conectividade, dispositivos utilizados para otimizar serviços públicos, entre outras iniciativas.

Como funcionam essas cidades?

As cidades inteligentes funcionam de forma conectada e extraem o melhor de sua infraestrutura. Por exemplo, elas trazem tecnologias da informação e da comunicação (TICs) para coleta de dados e, com isso, otimizam os serviços de segurança pública.

Outro exemplo é o grande incentivo ao desenvolvimento da população. Em uma cidade inteligente, existe fomento à criação de escolas de negócios e laboratórios de inovação, estímulo ao empreendedorismo e diferentes integrações entre as pessoas e seus talentos.

Enfim, a ideia do conceito é a de proporcionar um lugar para você construir a sua vida com qualidade em todos os aspectos.

Quais são as cidades mais inteligentes do Brasil?

O conceito de inteligência urbana pode ser aplicado tanto em planejamentos do zero como em projetos de revitalização de cidades já existentes. De acordo com o relatório Cities in Motion, Londres (Reino Unido), Nova Iorque (Estados Unidos), Paris (França), Tóquio (Japão) e Reiquiavique (Islândia) aparecem no “Top 5” das cidades inteligentes, a partir dos 9 indicadores citados.

Do Brasil, aparecem as seguintes cidades no ranking mundial:

  • São Paulo (123ª);
  • Rio de Janeiro (132ª);
  • Brasília (135ª);
  • Curitiba (138ª);
  • Belo Horizonte (156ª);
  • e Salvador (157ª).

Além dessas, temos no território nacional o projeto da primeira “cidade inteligente inclusiva” do mundo: a Smart City Laguna, no Ceará. O empreendimento já está em andamento há alguns anos e traz diversas soluções para garantia de sustentabilidade e eficiência, como:

  • iluminação pública inteligente;
  • compartilhamento de bicicletas;
  • irrigação inteligente de hortas urbanas;
  • pavimentação com sistema de drenagem;
  • compostagem comunitária;
  • rede elétrica subterrânea;
  • vias planejadas para eliminação de engarrafamentos;
  • ilhas de recarga para veículos elétricos;
  • aplicativo com diversos serviços e informações para os moradores;
  • diversos espaços comunitários para lazer, cultura e criatividade.

Quais são as vantagens de morar em uma cidade inteligente?

Como você viu, as características das cidades inteligentes fazem parte de uma necessidade global por acomodar a crescente população urbana, associando a isso a preocupação com o meio ambiente, o desenvolvimento econômico e a busca por uma sociedade mais colaborativa e inclusiva.

Assim, algumas de suas principais vantagens são:

  • integração de informações;
  • otimização dos recursos e serviços públicos;
  • menores impactos ambientais;
  • maiores oportunidades de desenvolvimento humano;
  • ganho de flexibilidade e qualidade de vida;
  • mais eficácia na intervenção estatal;
  • impulsionamento econômico.

Ainda, as características de uma cidade inteligente podem ajudar a promover mais vitalidade e humanização nos centros urbanos. De acordo com a pesquisadora, urbanista e ativista Jane Jacobs, é na integração entre as pessoas e o espaço público que a sociedade ganha mais qualidade de vida e encontra as soluções para muitos problemas da atualidade.

A urbanista defendia que o planejamento urbano deveria ser focado em uma perspectiva humana: as cidades vistas como espaços vivos e capazes de produzir comunidades mais saudáveis.

Agora que você sabe o que são cidades inteligentes, lembre-se de buscar por localidades que tragam algumas dessas características na hora de escolher um bairro para morar. Afinal, trata-se de uma tendência definitiva e que surge como resposta a diversos desafios da sociedade atual.

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